São Paulo, 1992. Um dos maiores massacres da história do sistema prisional brasileiro estava prestes a acontecer. A penitenciária do Carandiru, uma das mais notórias do país, foi palco de uma tragédia que marcou não apenas a história do sistema carcerário, mas também a memória coletiva do Brasil. O que se iniciou como um confronto entre facções rivais dentro da prisão acabou se tornando um episódio de violência sem precedentes, que resultou na morte de 111 detentos e na destruição da credibilidade do sistema penitenciário do país.PUBLICIDADE
O Carandiru foi inaugurado nos anos 50, com a promessa de ser uma solução para o crescente problema de superlotação nas prisões de São Paulo. O complexo foi projetado para abrigar cerca de 3.000 presos, mas em 1992, quando os eventos trágicos aconteceram, havia mais de 8.000 detentos – um cenário de caos, com péssimas condições de vida, sujeira, superlotação e um controle cada vez mais difícil.
O Estopim: Conflito entre FacçõesPUBLICIDADE
No dia 2 de outubro de 1992, a tensão já estava no limite. Dentro da prisão, duas facções rivais, o **Primeiro Comando da Capital (PCC)** e a **Facção do Carandiru**, estavam em confronto direto. Esse tipo de rivalidade não era novidade, mas naquele dia, o conflito tomou proporções inesperadas.
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